Nas video instalações do museu assisti alguns deles: Johannesburg: 2nd Greatest City After Paris, Monument, Mine, Felix in Exile e Sobriety, Obesity & growing old. Assim como grande parte do resto de sua obra, as animações tocam em questões do apartheid. Embora não tenha sofrido diretamente o preconceito por ser branco, Kentridge vivenciou esse triste período sul-africano por ser seu país natal.
Todas essas animações foram feitas usando carvão e de vez em quando tinta pastel em vermelho ou azul (para retratar sangue e água).
Frame de uma de suas animações transformado em quadro
Na exposição estão também presentes alguns frames dessas animações que o artista considerou válidos virarem quadros. Além disso, há uma parte dedicada ao massacre da Abissínia (atual Etiópia) no qual os italianos usaram armas químicas deixando vários mortos e feridos, mas que é raramente lembrado pela história.
Quadro sobre o massacre da Abissínia
William Kentridge também possui obras menos tradicionais mas bastante interessantes, como gravuras que quando visualizadas com lentes especiais ganham uma forte noção de profundidade.
Uma das obras que requer as lentes e transmite sensação de profundidade
A minha favorita de todas foi essa escultura, que tem embora seja estática, possui diferentes significados de acordo com o ponto de observação.
De frente, o globo, formado por antenas de comunicação (ou torres de petróleo?)
De lado, o mesmo globo se desintegrando
Por trás, seria ele dominado por poucos poderosos?
Uma grata surpresa conhecer um artista contemporâneo com um estilo bem próprio e criativo, numa exposição tão bem produzida ainda por cima sem precisar sair da minha cidade.
De fato uma grata surpresa. As animações foram o que mais gostei de ver, apesar de o globo também ter me instigado.
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