Embora a estrutura do texto e suas rimas se assemelhem a um texto culto, os termos baixos e a própria temática o tornam o avesso do que se espera de da literatura culta.
Ao contrário de seus compatriotas Petrarca e Dante, que divinizam a mulher, Aretino carnaliza a mulher, fala de seu lado sexual, com seu vocabulário cru, forte e direto.
Pietro Aretino
Desnecessário mencionar exemplos de trechos assim pois os termos de baixo calão permeiam todo o texto. Mas menciono dois trecho em que o autor ao seu modo carnalizante, elogia o feminino (claro que nao do modo divinizante de Petrarca e Dante).
Abre as coxas a fim de eu poder bem
Ver-te da cona e cu o belo viso.
Cu de fazer completo o paraíso!
Cone que poe-me o sangue num vaivém!
Outro trecho:
Fodamos, meu amor, fodamos presto.
Pois foi para foder que se nasceu,
E se amas o caralho, a cona amo eu;
Sem isto, fora o mundo bem molesto.
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